sábado, 13 de outubro de 2018

O medo e outras emoções limitantes (como superar?).

O que fazer quando sentimos muito medo?  O medo paralisa, congela. Nos leva para frequências densas de vibração e tudo ao nosso redor começa a vibrar de forma mais densa por ressonância. 
Quando sentimos medo ou estamos dominados por uma emoção saímos do nosso centro, do estado de pessoa adulta e responsável e revivemos emoções originadas na nossa infância, quando ainda não tínhamos o equilíbrio emocional necessário para lidar com situações difíceis e ou assustadoras. E pior vibramos em frequências mais baixas e mais densas.
Quando resistimos a algo bloqueamos nossa energia dirigindo toda nossa atenção e esforço para aquilo que não queremos. Ao fazer isto focamos nossa atenção apenas no que NÃO desejamos e como consequência nos falta energia ou não conseguimos olhar para o que SIM podemos fazer, quais são as outras possibilidades.
É possível integrar esta emoção, retornar ao nosso estado adulto e a um nível de vibração mais elevado? 
Sim, reconhecendo o medo ou a emoção que nos domina, acolhendo e dando à emoção o espaço e o tempo que ela necessitar com a convicção interna de que tudo faz parte e tem um lugar: “O medo, a tristeza, a dor, a raiva, a indignação.”  Concordando com a emoção, assentindo a ela. 
Quando negamos algo em nós dizendo NÃO quero viver isto, entramos em um processo que Joan Garriga denomina de transtorno de assentimento: "não quero sentir medo", não aceito estar com câncer", "não aceito que meu filho tenha morrido"; "não aceito terminar esta relação".. E ficamos congelados na atitude vitima que nos impede de dar o próximo passo:concordar com a realidade como é,  assumir a responsabilidade pelo que vivemos e nos liberar para a ação.
As emoções desproporcionais, ou sejam aquelas que são mais intensas do que seria razoável no contexto do fato gerador, nos dizem que estamos lidando com algo do passado que não conseguimos integrar. Uma emoção que vivemos enquanto crianças e não superamos. 
Quando alguma coisa do presente nos remete a esta situação revivemos com a mesma intensidade as emoções que vivemos na infância. 
Quando reconhecemos que estamos revivendo uma emoção do passado podemos nos sintonizar com nossa parte mais crescida, mais adulta, mais presente podemos iniciar um "dialogo" com esta parte "criança" . Ela ainda esta presa ao passado e não percebe que já crescemos e que já podemos lidar com as emoções e situações de outra maneira. Não somos mais fracos e indefesos. Esta parte nossa, que ainda está presa a uma emoção da infância, precisa ser informada de que agora somos adultos e capazes de lidar com as situações de outra maneira.
O medo ou outra emoção limitante extrema (raiva, dor, apatia, tristeza etc) quando não resultantes de forma proporcional a situação  concreta do presente podem estar ligados a uma outra parte nossa que imita ou reproduz comportamentos, atitudes e sentimentos de um adulto influente de nossa infância. 
Sem saber porque reproduzimos atitudes, julgamentos, normas e criticas de adultos que nos guiavam, cuidavam, ditavam normas, julgava. Suas vozes ecoam no nosso inconsciente com seus ditames ordenando nossa conduta: "isto é perigoso"! "Se fizer isto pode morrer". "Isto não está certo"! "Você precisa se proteger, se defender"! "Pessoas assim ou assado são perigosas ou não confiáveis"...
Neste caso também estamos com os olhos voltados para o passado, ou seja, totalmente desconectados da realidade como ela de fato é. Esta parte nossa também não está consciente de que crescemos e já podemos tomar decisões de acordo com a realidade atual, com as normas e valores do presente. Neste caso talvez seja possível olhar para ela amorosa e respeitosamente, agradecer o que recebemos e informar que já somos adultos e capazes de tomar novas decisões. deixando claro que agora somos adultos e sabemos como lidar com as situações de acordo com as normas e valores de nosso tempo.
Também podemos tomar uma decisão interna de deixar ir tudo que baixa nossa frequência e energia. Soltar. 
Se olharmos para a espécie humana de uma perspectiva histórica nos damos conta do quanto a humanidade já enfrentou em guerras, sofrimentos e atrocidades. Nada do que acontece agora é novo nem pior do que já aconteceu em outros momentos...
Reconhecermos também que as dificuldades existem para possibilitar os avanços, as descobertas, as inovações! Cada evento, fácil ou difícil, contribuiu para a humanidade dar um passo adiante. Quanta riqueza em cada situação. E perceber o quanto somos pequenos diante disso tudo. 
É comum julgarmos o mundo e os acontecimentos a partir da nossa “boa consciência” e que eliminando o “outro”, aquele que pensa ou age diferente de nós, o mundo se tornará melhor.
“A consciência, ao mesmo tempo que liga também delimita e exclui. Por isso para continuar pertencendo ao nosso grupo frequentemente nos sentimos obrigados a recusar ou negar a outros, pelo simples fato de serem diferentes, o direito de pertencimento que reivindicamos para nós. Então nos tornamos, por obra da consciência, temíveis para os outros.” (Bert Hellinger, No centro Sentimos Leveza)
“Com o passar do tempo reconheci que a consciência é algo comum e instintivo que, à semelhança de outros instintos, desempenha o papel de criar e alimentar relações quando se mantém dentro de certos limites, e falha quando os ultrapassa. Pois quando vai além dos limites do pequeno grupo ela justifica os piores crimes e produz efeitos funestos, como vemos nas guerras.”  “...quando a culpa e o dano cresceram a tal ponto de se transformarem num infortúnio só haverá reconciliação se houver a total renuncia à expiação. Essa é uma forma humilde de perdoar, uma aceitação humilde de impotência. Ambos, a vítima e o culpado se submetem a um destino imprevisível, colocando um ponto final na culpa e na expiação”. (Bert Hellinger, No centro Sentimos Leveza).
Para dar um passo mais além será preciso renunciar ao medo, às preferências, a boa e má consciência. Vibrar em um nível mais alto, sair da consciência do eu para a consciência do nós. Só assim poderemos no futuro evitar compensações que terão como objetivo reincluir o que agora estamos rejeitando, desprezando, desqualificando ou excluindo.
A analise transacional, trazida à luz pelo psicoterapeuta Eric Berne, oferece um novo olhar e novos recursos para integrar o medo e outras emoções paralisantes. Principalmente quando associadas às ferramentas fenomenológicas sistêmicas nos presenteadas por Bert Hellinger.

Espero que este texto seja útil e traga elementos para novas compreensões e reflexões. Sinta-se à vontade para comentar e compartilhar. 

Caso deseje mais esclarecimentos envie um e-mail  para constelarparavida@gmail.com

Marcia Paciornik

Maestria em Novas constelações
Alinhamento sistêmico, novas constelações familiares, quânticas e empresariais.
Novas maneiras de superar emoções paralisantes, bloqueios e padrões que limitam a vida.
(11-991388337)

Um comentário:

Cintia leal disse...

Excelente texto.Grata por sua contribuição.