quinta-feira, 25 de agosto de 2016

como faço para "tomar" meus pais?

Bert Hellinger teólogo, filósofo e psicoterapeuta, observou em seus muitos anos de pratica terapêutica que as pessoas que conseguem concordar plenamente em seus corações que os pais que lhe couberam são perfeitos e certos como são e fora, sem nenhum tipo de restrição, critica, julgamento ou cobrança, tudo se abre: a saúde, o amor, a abundancia e o sucesso. 
Muitos filhos, mesmo depois de adultos, permanecem julgando, criticando, e exigindo dos pais, ou simplesmente não conseguindo se relacionar com eles de forma amorosa.
A dificuldade de se relacionar de forma amorosa com os pais torna-se uma grande fonte de sofrimento para todos os envolvidos. Com frequência os terapeutas são procurados por pessoas com dificuldade de se relacionar com os pais (mãe, pai ou ambos) e de pais que sofrem pela forma conflituosa ou difícil com a qual convivem com os filhos.
"Dos nossos pais temos o que somos e também aquilo que nos falta. Os pais nos abrem um caminho e também nos põem um limite mediante eles mesmos e mediante seu destino e sua origem, seja o que for. Se nós nos submetemos com amor neste sentido, assentindo ao destino tal como é, com todas as consequências, então é uma forma de submetimento. Mas também pode dizer-se que é entrega. Esta é uma palavra completamente diferente. Desta entrega provem grandeza. A pessoa que consegue honrar aos seus pais desta maneira pode se colocar ao lado deles no mesmo nível, e ao mesmo tempo se libera. Quer dizer que na pratica é completamente oposto ao que tememos que ocorra quando nos submetemos". BERT HELLINGER
Para Bert Hellinger os filhos devem "tomar" os pais como são, sem separar o que gostam e não gostam deles. Através da fusão dos nossos pais, exatamente como são ou foram, recebemos a vida. 
Entretanto, para muitos filhos isto é praticamente impossível. Muitos sofreram pela ausência dos pais, outros viveram situações de trauma e stress profundo.
As constelações mostram que em muitos destes casos os pais não estavam disponíveis para os filhos por alguma razão ou que os filhos, por sua vez, não conseguiam ver os pais ou estar disponíveis para eles, também por alguma boa razão. Normalmente as razões destas indisponibilidades são lealdades 
inconscientes a alguma situação do passado familiar. 
Quando alguém esta "atado" por uma lealdade  esta compensando uma desordem que alguém do sistema familiar deixou sem compensar ou terminar no passado (uma expiação, um luto, uma vingança, uma dor...). 
Quando os pais quanto e/ou os filhos estão vinculados a lealdades invisíveis ou inconscientes  os relacionamentos tornam-se difíceis, conflituosos ou simplesmente impossíveis trazendo dor e sofrimento para todos os envolvidos.
As crianças afastadas precocemente dos pais por algum motivo, ou por nascerem prematuras e ficarem separadas da mãe em incubadoras, ou por serem deixadas com avós ou outras pessoas por motivo de viagem dos pais, ou ainda o caso mais traumático das que são afastadas de seus pais “para seu próprio bem”, ou abandonadas por questões mais graves (morte, miséria etc.), ou devido a separação dos pais quando os filhos são privados da convivência com um dos progenitores, podem vir a apresentar um trauma que  Bert Hellinger denominou de movimento de amor interrompido.   
As crianças até 5 a 6 anos de idade são incapazes de processar adequadamente a dor da separação ou de compreender seus motivos  e traumatizam o evento. 
As constelações familiares mostram as lealdades invisíveis que atam as pessoas ao passado e as impedem de estar no lugar de filhos e/ou de pais possibilitando movimentos de cura. Ou iniciar a cura de "movimentos de amor interrompido".
Este realinhamento sistêmico pode se realizar em consultas individuais ou em grupo, presenciais ou on line.
Espero que este texto seja útil. 
Sinta-se a vontade para comentar ou compartilhar.
Envie suas sugestões ou duvidas para constelarparavida@gmail.com  ou mensagem para o watts app +55 11-991388337. 
Marcia Paciornik. 
Maestria em Novas Constelações
Constelações familiares e quânticas e empresariais
Alinhamento e orientação sistêmicos, constelações individuais ou em grupo, presencial ou on line. 

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Não consigo trabalho.

A pessoa que procura um trabalho e não consegue está excluída da sociedade, vive uma situação de exclusão. Por que razão isto acontece?
Quando uma pessoa vive dificuldades e bloqueios na sua vida pode estar, sem se dar conta, repetindo padrões familiares do passado ou compensando algo do seu sistema familiar (um dano não assumido por algum antepassado próximo ou mais longínquo, honrando algum antepassado que foi esquecido, rejeitado, abandonado ou excluído). 
A forma como as pessoas imitam ou repetem padrões do passado familiar ou mostram seu respeito e honra a alguém é viver inconscientemente como esta pessoa viveu e compensar  ou terminar algo que ela não compensou ou terminou: um dano, uma expiação, uma vingança, um luto...
Quando alguém não  consegue um  trabalho pode estar sendo leal a algum ancestral que não foi apreciado, visto, reconhecido e não será visto ou reconhecido como ele. Se estiver reparando ou expiando uma culpa não terá exito.
Bert Hellinger intuiu que os sistemas vivos são submetidos a forças invisíveis que ele denominou de “forças ou leis do amor”. Estas forças são fundamentais para a sobrevivência, organização e integridade dos sistemas e quando alguma delas não é respeitada, forças invisíveis de  compensação entram em ação para reparar e compensar o desequilíbrio causado. Para compensar estes desequilíbrios a "consciencia familiar" vai atribuir a algum membro mais jovem do sistema (algum vivo) a incumbência de reviver esta situação até reequilibrar a desordem. 
Outra causa comum de não conseguir trabalho é quando a pessoa não consegue concordar com os pais que tem. Principalmente o pai.
A vida que recebemos dos pais nos impõe uma divida e só seremos bem sucedidos quando pudermos reconhecer, agradecer e honrar os pais que temos. Caso os pais tenham vindo de outros países talvez seja necessário também agradecer ao país de origem deles.
A pessoa que vive em crenças e fantasias, não aceita a realidade como é, não  esta no seu adulto, vive em estado de vitimismo e medo e terá dificuldade para conseguir trabalho e realizar-se profissionalmente.
"Tomar" como são ou foram sem separar o que gostamos ou não deles é o que possibilita aceitar a realidade como é e ter força e energia para se realizar profissionalmente. 
O êxito na vida, a saúde, o amor e a abundancia vem através da mãe e de nossa sintonia com ela. O trabalho, aceitar a realidade como é, explorar territórios vem do pai e de nossa sintonia com ele. 
"Quando abraçamos aos nossos pais juntos internamente (pai e mãe) temos tudo. Nossos projetos e empresas são expressões da nossa vitalidade e da nossa participação a serviço da vida. Nossa maneira de viver a compensação adulta, de oferecer algo criativo ao sistema familiar. As novas constelações e em especial as constelações quânticas destacam nossa responsabilidade pessoal. Uma vez que olhamos, honramos e agradecemos o problema que surge em nossa vida temos a liberdade de continuar vivendo com o que nos cabe, direcionados para a vida como ela é com toda a nossa força".(1)
As crises e os problemas indicam o que precisamos fazer para mudar. Eles surgem quando nos distanciamos da sintonia com a vida ou quando desrespeitamos uma ou varias das leis que regem os sistêmicas (hierarquia, inclusão e equilíbrio entre o dar e o receber).
Através da  constelação familiar é possível identificar as causas das dificuldades e bloqueios e iniciar o movimento de cura que deverá vir da decisão pessoal de mudar.
Sinta-se a vontade para comentar e compartilhar.
Envie suas sugestões e comentários. Em caso de duvidas enviar e-mail para constelarparavida@gmail.com

Marcia Paciornik. 
Maestria em Novas Constelações
Alinhamento e orientação sistêmico, Novas constelações familiares, quânticas e empresariais.
Atendimento individual em grupo presencial e on line.
+55 11 991388-8337 


(1)  Brigitte Champetier des Ribes

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O vicio: drogas, alcool, cigarros, jogos. Como superar?


A adição (vicio) (álcool ou cocaína entre outras)  está relacionado a uma lealdade a alguém do seu sistema familiar. Frequentemente um homem desprezado, rejeitado, excluído por uma mulher. Uma lealdade ao pai ou a algum outro ancestral. Filhos cujas mães negaram acesso, desqualificaram, excluíram ou desprezaram o pai.
Se o ancestral chegou a morrer em consequência do desprezo, da exclusão (e da própria adição) a pessoa pode segui-lo, com o vicio, até a morte. (1)
A cura da adição é possível quando se restabelecesse o respeito ao viciado, e quando a mãe ou esposa do viciado consegue honrar o masculino. 
"Torna-se viciado aquele a quem falta algo. Para ele, o vício é um substituto. Como curamos um vício em nós? Reencontrando aquilo que nos falta. Quem ou o que falta no caso de um vício? Geralmente é o pai. Ninguém e capaz de sentir-se inteiro e completo sem seu pai. Sendo assim, o vicio e a ânsia de reencontrar o que foi perdido e, com ajuda, sentir-se são e restabelecido. Contudo, por ser apenas um substituto, o vicio não é capaz de satisfazer essa necessidade. Por isso prossegue. E prossegue sem o pai.  Como podemos ajudar um viciado? Como ele pode ajudar a si mesmo? Ele leva aquilo que foi perdido para dentro de seu vicio, desta forma tornando-o supérfluo. O vicio mais difundido em nosso tempo é, em muitos países, o fumo. Nem mesmo o fato de estar escrito “fumar mata” nos maços de cigarro assusta a maioria das pessoas. Para elas ainda mais mortal é o sentimento de que algo lhes falta em seu profundo interior. Como é possível para um fumante levar o pai que lhe falta para dentro de seu vicio? Primeiramente, o que o ajuda é fumar com prazer, pois seu ato de fumar o conscientiza do quanto sente falta de algo. Quando deseja ou precisa fumar, sente o quanto lhe faz falta, por exemplo, seu pai. Assim que se prepara para tragar o cigarro, imagina seu pai. Então traga a fumaça profundamente em seus pulmões, olhando para seu pai, dizendo-lhe internamente: “ Tomo você em minha vida e em meu coração”. E fuma até sentir seu pai dentro de si. Algo similar vale para o álcool. Aquele que se tornou doente devido a este vicio brinda com o pai antes de beber. Então bebe, lenta e profundamente, sorvendo seu pai, a cada gole até sentir-se preenchido por ele e vivenciá-lo profundamente. E as mães? Como elas ajudam seus filhos viciados? Elas reconhecem que, para seus filhos, são apenas uma metade, e nunca a totalidade. Ao invés de manter seus filhos longe do pai, os guiam com amor até ele. Este movimento começa quando elas veem e amam, em seus filhos, também o pai deles..."(2).
As constelações familiares, método terapêutico desenvolvido por Bert Hellinger vem sendo empregadas com bons resultados na superação de viciados.

Sinta-se a vontade para comentar e compartilhar. Caso tenha alguma duvida ou sugestão pode encaminhar para constelarparavida@gmail.com

Marcia Paciornik. 
Maestria em Novas Constelações
Constelações familiares, organizacionais e quânticas
Alinhamento e orientação sistêmica
Atendimento individual ou em grupo . Presencial ou online.+55 11 991388-8337 


 (1)  Constelar a Enfermedad desde las comprensiones de Hellinger e Hamer, Brigitte Champetier de Ribes, Gaia Ediciones, 2011
 (2) A Cura – Bert Hellinger, Editora Atman, 2014

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

O sistema Familiar

O sistema familiar é um campo espiritual. Dentro deste campo todos estão em ressonância. 
Às vezes, este campo está em desordem. Este distúrbio ocorre quando alguém que pertence a ele foi excluído no passado. 
Estes membros excluídos do sistema também estão em ressonância e se fazem representar no presente porque todos os que pertencem a este campo têm o mesmo direito de pertencimento. A "consciência" do sistema para manter a coesão e a continuidade do sistema não permite excluir ninguém: o esquecido/excluído continua agindo nele. Se alguém foi excluído, não importa por quais razões, a ressonância deste campo coletivo determina que outro membro da família represente o excluído. 
"El sistema familiar es un campo espiritual. Dentro de este campo todos están en resonancia con todos. As veces, este campo está en desorden. Este desorden se  produce cuando alguien que pertenece a él ha sido excluido  o rechazado u olvidado. Esas personas excluidas olvidadas están en  resonancia con nosotros y se hacen valer en el presente porque en este campo rige una ley fundamental: todos los  que pertenecen al campo tienen el mismo derecho de  pertenecer a él. No se puede excluir a nadie. Este campo no pierde a nadie: el olvidado sigue actuando en él. Si fue excluido, por las  razones que fueran, bajo la influencia del campo a través de esta resonancia se determina que otro miembro de la familia represente al excluido". 
BERT HELLINGER