terça-feira, 13 de junho de 2017

Dificuldades entre pais efilhos

Algumas relações entre pais e filhos são tensas e difíceis, agressivas, distantes gerando conflitos, mágoa, ressentimentos e outras emoções negativas. 

Às vezes os filhos sentem que não são amados pelos pais ou  que são preteridos por algum irmão. Outros são maltratados, abusados e mesmo agredidos fisicamente. 

Muitos pais não se sentem respeitados, honrados, agradecidos, ou até mesmo são hostilizados e agredidos pelos filhos. Alguns agem como crianças, demandando cuidados e atenção. 

As dificuldades expressas pelos filhos na relação com os pais indica a existencia de uma "desordem" na hierarquia da família.  Os filhos sentem-se "maiores" ou "iguais" aos pais. Nestes casos a relação entre pais e filhos será difícil e não poderá fluir.  

Quando os filhos sentem-se "maiores" do que os seus pais, ou "iguais,"não podem sentir gratidão e respeito por eles. Não se sentem "filhos." Não estão em seu lugar.

Muitas são as causas possíveis destas desordens: a atitude de muitos pais da atualidade que se comportam como "amigos" dos filhos; pais que agem como se os filhos fossem substitutos de seus próprios pais e filhos que sentem que precisam cuidar dos progenitores mesmo que estes estejam bem e sejam autossuficientes.

Durante algumas constelações se observa o caso de filhos, principalmente primogênitos, que vivem inconscientemente  sentimentos de ex-parceiros de um dos progenitores. Nestes casos sentem-se cúmplices de um dos progenitores e em conflito com o outro. 

A conexão com os pais é básica para os seres humanos. As pessoas só tem força e energia para tomar a vida e se realizar plenamente quando tomam incondicional e integralmente seus pais como são. Somente a partir deste momento começam seu o caminho de crescimento. “Tudo o que se faz antes é um anseio por sobrevivência”. (1) 

"Os pais dão e os filhos tomam". Quando os filhos não conseguem "tomar" (receber sem restrições os pais e tudo que vem deles) seus pais, com agradecimento, honra e respeito, estabelecem um desequilíbrio entre o dar e o receber que vai gerar agressividade e até rompimento nas relações. 

O peso de quem recebe em demasia e não consegue retribuir pode se tornar insuportável e se transformar em rancor, agressividade e até ódio. Uma das formas de expressar esta raiva é através de julgamentos, reprovações e criticas dos filhos em relação aos seus pais. 

As dificuldades no relacionamento entre pais e filhos também pode ter como origem um trauma precoce. Para Bert Hellinger este trauma pode ocorrer quando uma criança é separada de um ou ambos progenitores antes dos cinco anos de idade. 

Nessa fase a criança não consegue processar emocionalmente o sofrimento da separação, seu coração se fecha, e a dor se transforma em raiva. A agressividade lhe permite sobreviver ao sentimento de que está sob uma ameaça profunda. 

Quando adulta, esta pessoa não conseguirá expressar nem o amor nem a dor, ficará com raiva e se sentirá culpada. Como ocorre em todos os traumas, a criança acredita ser culpada do que aconteceu: “porque fui mau ou má meus pais morreram”. Às vezes o trauma decorre da perda de um irmão gêmeo ainda no período intrauterino. 

As crianças, por amor, se colocam inconscientemente a serviço do sistema familiar, e dos seus pais e avós, escolhendo viver as suas dificuldades e doenças em seu lugar. Os filhos também olham para os excluídos do sistema que os pais não olham e demonstram isto através de comportamentos dificeis (agressidade, violencia, raiva por exemplo). (1)  

"O sistema familiar é um campo espiritual. Dentro deste campo todos estão em ressonância com todos. Às vezes, este campo está em desordem. Este distúrbio ocorre quando alguém que pertence a ele foi excluído, rejeitado ou esquecido. Essas pessoas excluídas e esquecidas estão em ressonância conosco e se fazem representar no presente porque neste campo rege uma lei fundamental: todos os que pertencem ao campo têm o mesmo direito de pertencer a ele. Não se pode excluir ninguém. Este campo não perde ninguém: o esquecido continua agindo nele. Se alguém foi excluído, não importa por quais razões, o campo, através desta ressonância, determina que outro membro da família represente o excluído". (2)

A relação entre pais e filhos só será harmoniosa e fluida quando os filhos deixarem de olhar os excluídos do sistema que os impedem de estar no lugar de filhos. O melhor que os pais podem fazer para superar estas dificuldades é liberar os filhos destas cargas sistêmicas.

“Em todos os casos de dificuldade, fracasso ou mau comportamento é importante se ter em conta que tudo que os filhos fazem o fazem por amor e por fidelidade a alguém ou para evitar que os pais assumam algo que os faria sofrer.” (1)

Espero que este texto seja util. Sinta-se à vontade para fazer comentarios e compartilhar. 
Se desejar perguntar algo envie um email para constelarparavida@gmail.com

Marcia Paciornik

Maestria em Novas Constelações
Orientação e alinhamento sistêmico, novas constelações familiares, quânticas e empresariais.



  +5511991388337


(1)      Brigitte Champetier de Ribes – Curso “As Relações Pais e Filhos” 
www.insconsfa.com 
(2) Bert Hellinger

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Como terminar um relacionamento.

Quando iniciamos um relacionamento  desejamos que ele seja "para toda a vida".

Nem sempre isto é possível e, às vezes, os relacionamentos terminam de forma dolorosa, deixando mágoas, ressentimentos, tristeza, revolta ou sentimentos negativos (raiva, dor, desejo de vingança, culpa, medo, sentimento de abandono e exclusão, vergonha). 

Estes sentimentos podem dificultar e  mesmo impedir futuros relacionamentos. 

Nossos novos relacionamentos só terão exito se antes  pudermos agradecer e honrar os relacionamentos anteriores, mesmo os mais difíceis. 

É comum pessoas trazerem como tema para constelar dificuldades para iniciar ou manter um relacionamento afetivo. Durante a constelação  muitas vezes vem a luz um vinculo de fidelidade inconsciente com algum ex parceiro ou parceira dos progenitores.

As pessoas que estão  vivenciando inconcientemente as magoas, ressentimentos, frustrações de um/a ex parceiro/a de um dos pais  não estão disponíveis para um relacionamento afetivo. Agem e se sentem como um ex-parceiro ou ex-parceira amorosa e podem ter um sentimento ou atitudes de cumplicidade com um dos progenitores gerando um relacionamento conflituoso e competitivo com o/a outro/a progenitor/a. 

Este comportamento, naturalmente, vai causar dificuldades na relação entre os pais e entre estes e o/a filho/a. Pode resultar em conflitos, de ciumes, agressividade e, em alguns casos, até mesmo causar a separação dos pais.

Para evitar ou superar estas dificuldades é sempre bom se despedir dos parceiros/as anteriores de maneira respeitosa e agradecida. 

Existe uma forma de fazer esta despedida mesmo sem estar em contato direto com o ex-parceiro/a. Afinal somos seres ressoantes. 

Este é um dos focos do alinhamento sistêmico que realizamos. Liberando as pessoas para novos relacionamentos bem como seus descendentes.

Sinta-se à vontade para fazer comentários no link a seguir e para compartilhar este texto. 

Caso tenha alguma duvida ou necessite algum esclarecimento pode nos enviar por email para constelarparavida@gmail.com 

Marcia Paciornik. 
Maestria em Novas constelações (constelações familiares, quânticas e empresariais)
Orientação e alinhamento sistêmico

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