sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Manipulação e violência no relacionamento


O amor de casal permite vivenciar a intimidade, um desejo profundo dos seres humanos.  
Em uma relação de casal podemos ser como somos e nos expor diante do outro completamente. 
Estar em total  intimidade com outra pessoa requer maturidade e superar carências infantis.
O que as crianças aprendem sobre a intimidade se reproduz na relação de casal e nos demais relacionamentos. 
Os pais não são perfeitos e a relação com eles, principalmente com a mãe, deixa carências que são vividas na vida adulta e às vezes compensadas na vida a dois. Esta compensação é a base da manipulação que existe na vida a dois. "As carências infantis vão aparecer na relação com o cônjuge, repetindo a forma como a pessoa se relacionou com a mãe na infância e as necessidades sem resolver do período. A manipulação quando intensa pode destruir os parceiros. Ambos alternam os papeis de vitima e de perseguidor. Cada um sentindo-se alternadamente vingado e justiçado". (1)
Quando alguém está na manipulação caí, com facilidade, nos papeis de vitima ou de perpetrador tentando fazer com que o outro se responsabilize por sua carência. Trata-se de um jogo no qual as suas verdadeiras intenções são camufladas e por esta razão é muito perigoso.
Cada pessoa leva para o casamento suas próprias imagens e crenças trazidas da infância que produzem generalizações destrutivas, frases e diálogos internos tais como: “todos os homens são…” “Todas as mulheres são…” “o amor entre homem e mulher é impossível” “O amor para mim é impossível” . Estas imagens e crenças limitam, cerceiam ou impedem a experiência afetiva.
As experiências, traumas, resistências e sentimentos experimentados na tenra infância vão pautar o roteiro que  cada um de nós define para sua vida nesta fase (conceito de Eric Berne). Tudo que uma pessoa viver posteriormente será para confirmar a validade deste roteiro. Todas as vezes que ela errar ou fracassar ela vais reafirmar para si mesma a validade do que definiu em seu roteiro de vida:   “o casamento não é mesmo para mim...” “nunca vou conseguir achar um parceiro tão bom como meu pai/ou como minha mãe...”. 
Na realidade o que ocorre em qualquer relação é responsabilidade das duas pessoas envolvidas em igual proporção, inclusive a violência. A violência do homem é mais evidente e visível por ser normalmente física enquanto a da mulher se manifesta através do desprezo, da rejeição ou da desqualificação o que é doloroso e pode acionar a violência física. Toda vitima se transforma em agressor
Quando alguém se torna violento nunca é sem motivo . Sempre é porque foi atingido em algo que é "sagrado" como seus valores, costumes ou hábitos, principalmente se estes tem origem em sua família de origem.  (1)
“No casamento não são as pessoas que estão juntas são os seus sistemas. Cada sistema necessitou deste enamoramento para resolver algo que por si só não podia. Assim o sistema mais carregado espera que o/a parceiro/a menos carregado/a se encarregue de um emaranhamento que o outro não pode resolver. Esta comunidade de destino pode levar à separação, quando a carga que um leva pelo outro é superior a suas forças. Também pode permanecer além da separação se a carga compartilhada segue sem resolver". (1) "Existem vários modos de evitar fazer o luto da separação:• Procurar o culpado pela separação, ao invés de assumir a dor e a realidade tal como é.
• Zangar-se com o que foi embora ou morreu (frequente nas crianças),
• Autocompaixão, na qual um não vê mais do que a si mesmo.  
• A decisão interior está tomada, mas não assumida. Consultar vários terapeutas permite confirmar de novo que as coisas não podem continuar assim, mas a terapia permite que o casal se rebele contra os terapeutas em vez de contra si mesmos".  (1).

Sinta-se à vontade para comentar e compartilhar. Se desejar perguntar algo entrar em contato pelo e-mail constelarparavida@gmail.com

Marcia Paciornik.  
Maestria em Novas constelações.
Novas constelações familiares, quânticas e empresariais.

Atendimento individual e em grupo, presencial e on line.
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 (1) textos de Brigitte Champetier de Ribes, diretora do Instituto de Constelaciones Familiares de Madrid, Espanha. Para saber mais:
La Pareja,
Manipulación y violencia en La pareja (Instituto de Constelaciones Familiares).