quinta-feira, 20 de abril de 2017

As forças (ordens) do amor: a hierarquia

Você está no seu lugar? 

Os sistemas vivos são submetidos a forças invisíveis e inexoráveis que tem como funções manter a coesão, ordenar, equilibrar e transmitir informações do sistema.

Uma destas forças a da hierarquia esta relacionada à a ordem de chegada espacial e temporal dos integrantes no sistema.

Esta força impõe a precedência de quem chega primeiro sobre os que chegam depois. 

Em uma família, por exemplo, os pais chegam antes do que os filhos e devem ser respeitados pelos filhos. O filho mais velho, por sua vez, tem precedência e deve ser respeitado pelos irmãos mais novos. 

Em uma empresa, ou organização, deve-se respeitar e manter uma atitude de agradecimento a quem veio antes, a quem fundou a empresa ou organização, a quem chegou primeiro, mesmo que funcionalmente esta pessoa ocupe um cargo de menor importância ou tenha se afastado.

Quando uma pessoa não respeitaesta ordem ou "lei" perde força e passa a experimentar dificuldades e bloqueios nos relacionamentos, no trabalho, nas finanças, e mesmo em relação à saúde. O mesmo ocorre com as empresas e organizações nas quais esta hierarquia ou precedência relativa à ordem de chegada não é respeitada. Nestes casos a empresa perde força e pode desaparecer.

Por que razões isto ocorre?

Uma pessoa pode, inconcientemente, estar "ocupando" o lugar de alguém que não é visto ou que foi excluído do sistema familiar. Por exemplo, se antes dela nascer a mãe sofreu um aborto natural e considera o primeiro filho vivo como o mais velho, o primeiro, esta "excluindo", esquecendo, o primogênito abortado. O filho que vem depois não pode evitar ocupar o lugar deste irmão/ã que não nasceu. Lugar que na realidade não lhe pertence. Não pode evitar, também, sofrer as consequencias desta "desordem", perdendo sua força e sofrendo limitações, dificuldades e bloqueios.

Marcia Paciornik. 
Maestria em Novas Constelações.

55 11 991388-8337 

terça-feira, 18 de abril de 2017

Ordens do amor: pertencimento

Pertencer é um dos anseios mais primordiais dos seres humanos. Remonta ao período em que, para sobrevivermos, era necessário fazer parte de uma tribo, um clã. Se alguém era expulso ou abandonado, morria. 

Isto desenvolveu na especie uma necessidade tão forte de pertencimento que, para fazer parte, fazemos instintivamente qualquer coisa. 

Acima de tudo, buscamos nos manter fieis e dentro dos limites dos princípios e valores dos grupos aos quais pertencemos principalmente aos da nossa família. 

Em alguns casos, ser fiel a estes princípios e valores exige ações extremas e até violentas e quem as comete sente-se correto, bom, sem culpa i.é com "boa consciencia" pois é o certo no grupo, ou família, ao qual pertence.

A compreensão sobre a necessidade de pertencimento e seus efeitos foi uma das grandes contribuições do terapeuta e filosofo Bert Hellinger, em especial para o processo de entendimento, paz e conciliação entre as pessoas. 

Quando nos sentimos pertencendo, ou quando damos lugar aos excluídos do nosso sistema familiar, promovemos intensos movimentos de cura pessoal e sistêmica. O mesmo ocorre quando olhamos com benevolencia para aqueles que são diferentes ou que pensam diferente de nós e os aceitamos como são,  com o mesmo direto de pertencer. Mesmo deferentes. 

Fazer uma constelação nos permite olhar para as dificuldades que temos em relação ao pertencimento, ampliar nossa consciencia restrita e dar um lugar no coração aos excluídos do nosso sistema familiar. 
Nos abre para a vida e para o pertencimento. 

Marcia Paciornik.
Maestria em Constelações Familiares

+55 11 991388-8337 



quinta-feira, 6 de abril de 2017

O que esperar de uma constelação?

As constelações são uma ferramenta fenomenológica que permite identificar os vínculos arcaicos aos quais estamos presos. 

Recebemos dos nossos antepassados além das suas características físicas muitos traços emocionais. A Epigenética mostra que temos um DNA emocional através do qual recebemos informações sobre emoções vividas por antepassados.

Sem saber vivemos como alguns antepassados viveram. Reproduzimos suas limitações, sofrimento, sentimento de dor, impotência, raiva, luto, expiação, culpa e isto limita a nossa vida. Este fenômeno é denominado de lealdade invisível.

Uma constelação possibilita ver a quais lealdades estamos vinculados ou "presos" e fazer movimentos para possibilitar a liberação. Podemos liberar as emoções que estas lealdades nos trazem e entrar em um processo de cura. 

Quando alguém assiste a uma constelação e observa os representantes movidos pela energia do campo de informação pode pensar que se encontra diante de algo mágico, místico ou milagroso. 

A consequência disto é a pessoa esperar resultados igualmente mágicos, místicos ou milagrosos. Muitas vezes os resultados são, de fato, imediatos. Observa-se em poucas horas ou em dias mudanças extraordinárias em situações muitas vezes complexas, difíceis e que vinham se perpetuando ou se repetindo por muito tempo (conflitos, bloqueios, emoções negativas como depressão, angustia e ansiedade...). Inclusive em questões relacionadas com a saúde. Em outros casos são necessárias outras constelações ou mesmo outras abordagens terapêuticas.

É comum se observar, após uma constelação, mudanças sutis e/ou pequenos movimentos de mudança que continuam a repercutir na vida das pessoas ao longo de algumas semanas ou até meses sem que elas sequer associem estas mudanças ou movimentos de desbloqueios com a constelação realizada. Pode ocorrer, por exemplo, que um sintoma muito antigo diminua consideravelmente ou mesmo que desapareça. Ou que talvez que se abra a possibilidade de um sintoma já diagnosticado por vários médicos sem sucesso de cura seja diagnosticado como algo totalmente diferente e possa ser curado. Alguns casos me veem à memória: de uma pessoa com uma tosse por refluxo cuja tosse diminuiu consideravelmente após a constelação e, meses depois, ao fazer nova endoscopia, constatou-se uma melhora considerável do quadro causador do refluxo. Outro de uma pessoa com alopecia geral que uns quinze/ vinte dias após uma constelação informou estar observando um crescimento de pelos. 

Poderia citar muitos casos onde as mudanças foram imediatas e completas e outros tantos nos quais as mudanças/ curas foram mais modestas, mais sutis e outros nos quais percebemos que havia ainda questões a serem olhadas e eram necessárias outras constelações ou abordagens. Ou seja, era necessário olhar outros vínculos, ou conflitos, ou decisões precoces adotadas antes de se obter resultados de cura mais significativos.

Quando outra constelação se faz necessária é possível que a questão colocada tenha sido muito genérica ou que algo da vida presente da pessoa não esteja sua sintonia com a consciência familiar e com seu destino (um trauma que não foi integrado ou uma culpa que não foi assumida). 

Nestes casos o uso de outras ferramentas terapêuticas é indicado. Também é pouco eficaz fazer varias constelações sem um propósito muito claro. Conhecemos os vínculos e enredamentos apenas através de efeitos, por isto a recomendação é sempre constelar um tema ou questão do presente. Algo cujo efeito já esteja se fazendo sentir na nossa vida. Uma dificuldade atual, um bloqueio presente, um sentimento de hoje, algo que se repete e atrapalha nossa vida pessoal, afetiva ou profissional.

Um caso que me ocorre é de uma pessoa que constelou uma alergia na pálpebra. No final da constelação o representante da alergia estava deitado no chão e o representante da pessoa sentado ao seu lado. Com muito esforço de decisão da pessoa ao escolher a vida pouco a pouco sua representante também se movimentou em direção à vida. No dia seguinte ela relatou uma considerável melhora da alergia e dois dias depois a mesma havia retornado. Considerando a relutância de sua representante de “abandonar” a alergia ficou claro que havia outra questão que a ligava a esta alergia e que não tinha ficado evidenciado na constelação: um conflito, um ganho secundário... O passo seguinte foi identificar qual era esta questão. O que também percebemos é que quando existem fortes movimentos de rejeição do sintoma constelado (a pessoa quer que o sintoma desapareça logo) o sintoma pode até num primeiro momento aumentar pois tudo o que rejeitamos aumenta, cresce.  
Às vezes outros fatores interferem impedindo o bom resultado de uma constelação: falta de centramento ou intenção na ação dos representantes, usurpação pelos representantes ou pelo facilitador do lugar do cliente ou dos ancestrais (isto ocorria principalmente nas constelações realizadas anteriormente quando as frases de cura eram faladas pelos representantes). Atualmente, com a introdução das Novas constelações e das constelações quânticas, o facilitador apenas catalisa a energia do campo, os representantes não se manifestam e só podem atuar a partir de alto grau de centramento diminuindo estes riscos.

Acontece às vezes de constelações serem realizadas com crianças, jovens ou adolescentes. Hoje sabemos que as crianças, antes de alcançar sua autonomia, levam o destino de seus pais. Assim apenas seus pais ou avós podem constelar por elas. A cura através das novas constelações está na decisão e no firme proposito de a pessoa deixar os seus vínculos e lealdades arcaicos e estar no seu eu adulto, no presente. Esta decisão só pode ser tomada por um adulto autônomo. E que a pessoa tem a liberdade de decidir ou não soltar o passado ou permanecer presa a ele.

É bom fazer várias constelações? Inicialmente Hellinger dizia que devíamos nos constelar apenas uma vez na vida. Após um tempo que era preciso esperar um mínimo de dois meses entre cada constelação. Mais recentemente já não define um prazo ou frequência. A psicóloga, consteladora e diretora do Instituto de Constelaciones Familiares, Brigitte Champetier des Ribes, diz: “o que observo é que não há regra. A miúdo temos que deixar passar um tempo depois da primeira constelação. Outra observação é que os prazos estão diminuindo muito”.
Quando perguntada sobre se seria necessário acreditar ou não para fazer uma constelação Brigitte esclarece: “No, en absoluto. Más bien, el trabajo con constelaciones va a despojarnos de nuestras creencias arcaicas – creencias elaboradas cuando éramos pequeños para aliviarnos del miedo, de la soledad o de la culpa y creencias por fidelidad a nuestro sistema, creencias que nos permiten sentirnos miembros de una familia, una clase social, una historia. Nos damos cuenta, conforme crecemos, de que vamos abandonando las creencias restrictivas, elitistas, excluyentes: “esto está bien, hay que hacer esto, eso es bueno, eso es bonito, eso es valioso,…” Con estos juicios rechazamos por “malos, feos o despreciables” a todos los que no cumplen con nuestras exigencias. Y vamos adoptando creencias “incluyentes”: todo ser humano merece ser respetado, todo ser humano merece compasión… (Las constelaciones, terapia cuántica por excelencia, nos acerca a otra dimensión, de la misma manera que lo hace la física cuántica: la energía es pensamiento en acción. Somos energía. Somos pensamiento en acción, ¿de donde viene este pensamiento? Estamos organizados en sistemas (sistema corporal, sistema familiar, sistema de salud, sistema económico, etc…) ¿Este pensamiento es pre sistémico? A través de la representación física de las personas de una familia Hellinger pudo darse cuenta del significado del movimiento de estos representantes: existe un nivel de movimiento, muy lento, muy profundo, anterior a las emociones que es la manifestación de las fuerzas invisibles, inconscientes que dirigen los vínculos entre vivos y muertos. Las constelaciones son la representación gráfica de unas dinámicas que superan nuestra comprensión racional. Las definiciones como creyente, ateo, esotérico no tienen mucho significado en este contexto, pues sólo se trata de observar y descubrir. Y para observar y descubrir, para “reconocer lo que es”, no queda más remedio que despojarse un momento de las convicciones anteriores.” 

Se gostou ou tem alguma duvida ou questão por favor nos envie seus comentários ou perguntas. Um abraço. 

Marcia Paciornik. Maestria em Novas Constelações
+55 11 991388-8337 

Escrito com base em cursos e textos de Brigitte Champetier de Ribes.