Uma casa por muitos
anos foi negligenciada em um determinado momento vai precisar de muita manutenção e reforma para se manter em pé. As casas, como as famílias e as pessoas, precisam de cuidado constante e manutenção.
Em uma casa, danos estruturais, parte
elétrica, encanamentos, telhado, revestimentos, pintura tudo precisa ser
refeito. Durante muito tempo os moradores vão conviver com a poeira, o barulho, a bagunça e a confusão da
obra. Nesta etapa é comum sentirem que a reforma não vai terminar nunca e entrar em desespero. No caso das famílias ou dos relacionamentos quando a desqualificação, o desprezo, a crítica e o julgamento se tornam maiores do que a apreciação, o respeito, a gratidão, o reconhecimento a família começa a desmoronar e seus integrantes a perderem força e coesão.
Nesta etapa as pessoas se esquecem de que para chegar no estado atual de deterioração foram necessários anos de
descaso e negligência. A casa, que no início parecia perfeita e maravilhosa, aos
poucos foi parecendo cada vez mais apertada, restrita, inadequada. Desejavam
algo melhor, maior, diferente e descuidaram da casa que tinham.
Quando começamos um
relacionamento, na fase de enamoramento, tudo é maravilhoso. A pessoa amada é
perfeita e tudo dela nos deixa feliz. Aos poucos, com a convivência, começamos
a ver os “defeitos” e a nos irritar . À medida que o tempo passa os
“defeitos” e ou “imperfeições” tornam-se mais frequentes e desconfortáveis. Esquecemos
completamente tudo de bom que víamos e sentíamos no outro.
As pessoas tendem a olhar para
o que não têm, para o que incomoda o que irrita e com isto deixam de ver e
sentir o que sim TEM, o que de fato recebem. E, principalmente, deixam de sentir
gratidão pelo que já tem: a casa, o/a parceiro/a parceiro/a, os filhos. Estão na reação, na negação, no NÃO.
Desta forma, pouco a pouco, destroem sua capacidade de sentir amor, alegria,
satisfação, contentamento e plenitude.
Quando se dão conta, deixaram o descaso e a
negligencia tomar conta. Se ainda estão casados, a pessoa que um dia amaram e
com quem tiveram filhos só causa dissabor, ressentimento, magoa, rejeição,
irritação quando não raiva profunda. Os filhos têm muitas dificuldades em
relação ao trabalho, à vida, aos relacionamentos, ao dinheiro. Muitas vezes
agridem, julgam e criticam os pais. A saúde de todos vai mal.
Quem sonhava em viver uma vida
ou uma velhice tranquila, se ve cercado de problemas e dificuldades. E a casa
está quase em ruinas...A familia se desfazendo.
Alguns começam a se dar conta de que
algo está muito errado. Se estão na
reatividade, vão ter dificuldades para encontrar e aceitar a boa ajuda. Irão
percorrer diversos caminhos mágicos e fantasiosos sempre encontrando defeitos e dificuldades. Nada parece funcionar. Ou simplesmente permitem que
tudo vá desmoronando pouco a pouco. Aqueles que finalmente buscam
ajuda querem que ela surta efeito imediato.
Levaram anos construindo o caos e
querem que ele desapareça em um passe de mágica!
A reforma tem seu tempo e seu
ritmo. A alma também. Se os danos são apenas externos e superficiais uma pintura e uma troca de revestimentos resolve e a reforma se faz em poucas semanas. Quando é estrutural vai levar mais tempo. Durante a etapa de restauro no meio da poeira e da bagunça vai parecer que nada esta resolvendo ou que está pior do que antes...
O mesmo ocorre com as famílias, com as pessoas e com os relacionamentos.
A boa noticia é que podemos aprender como nos resgatar, como reestruturar ou restaurar nossa casa.
Existem vários métodos terapeuticos que ajudam neste processo.
Um dos que mais aprecio, por sua capacidade de possibilitar o auto resgate em diversas situações de forma inovadora, criativa e eficaz, é o dos Movimentos Essenciais, trazido à luz por Claudia Boatti.
- Nos indica novos percursos e novas formas de ser e atuar na vida,
- Mostra como nos resgatar de onde não queremos mais estar: na atitude de vitima, presos a emoções trazidas do passado, ou vibrando em frequencias baixas e densas.
- Permite que possamos nos abrir para o que viemos de fato viver, para a tarefa que viemos desempenhar.
- Convidam e indicam as formas de nos tornar mais conscientes e responsáveis pelo impacto que causamos na trama social e no nosso entorno ,
- Nos possibilita perceber o efeito da forma como olhamos e interagimos. Que "nosso olhar não é neutro, como olhamos nos afeta e afeta os demais".
Marcia
Paciornik
Socióloga,
Maestria em Novas constelações. Novas Constelações familiares e quânticas. Brigitte Champetier des Ribes, nsconsfa.
Capacitação em Movimentos Essenciais com Claudia Boatti.
+55
11 991388337.
Um comentário:
Parabéns Marcia, ótimo texto!!
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