Extratos de Perguntas e respostas (Bert Hellinger) -Treinamento Internacional Hellinger Sciencia. México, março 2009
P- O que sucede com as vidas que estão congeladas ou
suspendidas quando se faz fecundação in vitro?
Bert Hellinger - Uma vez disse uma frase muito trivial: “Cada um é um
grupo, muitos estão reunidos em nosso corpo e em nossa alma e todos os que
pertencem a nossa família estão reunidos em nosso corpo. E as vezes se mostram
através de moléstias em nosso corpo”.
Agora, em um processo como o que descrevestes no qual vários óvulos são
fecundados e uns são escolhidos e os demais têm que morrer, todos pertencem da
mesma maneira. E isto não é uma afirmação minha, o temos visto em trabalhos de
constelações. E esta situação tem um alcance muito amplo, sobre a mãe e o filho.
Por outro lado, eu não o condeno, porque seja como for um filho vive; também
a este preço, e é uma situação especial e um desafio especial para esta
criatura.
Então pode rejeitar isto e ignora-lo e se converte em menos. Ou pode
incluir a todos os demais e então se faz mais.
Mas com a mãe é diferente. O preço é alto, muito alto.
A pergunta é: O que faz com este preço? O paga, convertendo-se em menos,
por exemplo castigando-se a si mesma? Ou paga o preço fazendo-se mais?
Quer dizer se converte em mais se ela paga seu próprio preço dando serviço
a muitos, dando serviço à vida. Em um recipiente pequeno, se lhe colocas liquido
muito rápido o extravasa, mas em um recipiente grande, se pode colocar, colocar
e colocar. fonte: insconsfa.com
Perguntas e Respostas –
Treinamento Internacional (Hellinger Sciencia)
Alemanha, dezembro de 2010
Inseminação artificial
Mulher: Me preocupa e me move a pergunta: “O que acontece quando é feita
inseminação artificial e quando o pai quis este método?”.
Hellinger: Para a criança, não existe problema de que forma chega
ao mundo. A vida tem prioridade. A questão é: Como os outros se comportam? A
criança pode dizer a seu pai, mesmo que não o conheça: “Obrigado”. E dizer
à mãe: “Obrigado.
Todo o resto não me diz respeito”. Isso tem um efeito sobre aquele
que doou seu sêmen. Ele jamais poderá se livrar do filho. E também tem um
efeito sobre a mãe, mas ao filho não importa.
Mas, com o filho de uma
fertilização assistida a solução também é o amor, o amor para o pai oculto e
para a mãe, onde encontramos o amor, o amor para o doador. O que ela tem que
dizer a ele? “Você
é meu homem”. Vocês sentem o que muda com isso? Porque, de repente,
a mãe está ligada a alguém por toda a vida.
Respondi sua pergunta?
Mulher: Sim. Obrigada. fonte: insconsfa.com
Sobre este tema acrescento algumas anotações que tomei em um dos módulos da minha formação em Novas Constelações ministrado por Brigitte Champetier des Ribes:
Os fetos e embriões pertencem ao
Sistema Familiar como todos os seres humanos. É fundamental que os pais tomem
os embriões da fertilidade assistida como filhos, cada um deles. Mortos e
congelados. Tem que assumir (se dar conta) que já têm muitos filhos e que seus
filhos têm muitos irmãos.
Os filhos vivos são muito sensíveis
aos que não nasceram. Alguns sentem que não podem viver se seus irmãos estão
mortos e congelados. Ou querem matar as pessoas que impediram seus irmãos de
viver. Têm uma agressividade interna imensa. Outros têm medo destes irmãos e os
querem matar. Até os pais tomarem todos os irmãos os filhos não se sentem com
permissão de viver. Os pais precisam dizer aos filhos vivos: você tem permissão
de viver.
Estes embriões precisam muito
deste reconhecimento. São forças de vida imensa e alguns não aceitam não poder
seguir o impulso da vida. Outros que são gestados tem medo de voltar a ser
abandonado. Os congelados estão paralisados, mas conscientes e têm pânico de
voltar a este estado. Os que viveram tem um medo imenso de voltar a este
estado. O embrião congelado precisa ser visto e reconhecido e depois está em um
lugar de paz. Em uma constelação na qual a mãe, o pai e os embriões são representados, a mãe olha para cada um dos
embriões e diz a cada um: agora te tomo como um dos meus filhos. Todos podem
descansar em meu coração. Obrigado por serem nossos filhos. Aos que foram
descartados: obrigada por morrerem em nosso lugar.